Europa tudo de bom.

Nossa vida na Europa foi sensacional, mas tudo que é bom dura pouco.
Voltamos ao Brasil com a expectativa de crescimento profissional e familiar. Já que no final da nossa empreitada, encomendamos nossa filinha.
Ela é maravilhosa, se chama Catarina e hoje está com um aninho.

A Europa fica pra próxima, talvez para encomendar o segundo filho.

Ano Novo vida nova.

Ano Novo vida nova. Comecei o meu curso de especialização em iluminação de projetos comerciais e consegui uma bolsa de tutora, perfeito. O curso é muito bacana e está me surpreendendo cada dia, meus professores são fantásticos, trabalham com a iluminação do museu Picasso, teatro do Liceu e grandes companhias de danças e teatros da Europa. Está sendo uma vivência incrível.
Mudamos. Viemos para a casa da Vanessa que foi passar uma curta temporada no Brasil. Está perfeito, do lado do meu curso e do Henrique (estudamos na mesma escola) é um apartamento de verdade, com dois quartos e teto normal. Diferente da primeira experiência que tivemos aqui em Barça.

Reveillon em Paris!

Paris é maravilhosa! Lugar perfeito para passear, namorar e viver cultura........ Mas reveillon tem que ser em outro lugar. Muita gente e pouca festividade, sem fogos e sem contagem regressiva. Não tem o jeitinho brasileiro de comemorar as coisas. Sentimos falta disso.......

Fim de ano sem família.

Ter que passar o Natal e o ano novo fora do Brasil e longe da família não é fácil, nessa hora dói o coração de tanta saudade.
Pra não sentir tanto e passar mais rápido resolvemos aceitar o convite pra festa de Natal de uns amigos brasileiros que fizemos aqui. Dessa forma a gente se sentiu mais em casa. Comida muito boa, bebidas a vontade e casa cheia. Coisa de brasuca mesmo, com direito a Papai Noel, crianças dançando funk (essa parte foi mais triste do que engraçada) e muita alegria o que nos fez esquecer um pouco a saudade. Tivemos que ir embora cedo, saímos as 2 horas, pois a essa hora tivemos que correr para pegar um vôo para Paris onde íamos passar o Reveillon.
O Renato e a Camila, duas lindezas, nos deixaram ficar na casa deles quando voltaram pro Brasil. Foi uma segunda lua-de-mel, mas isso merece uma outra postagem.

Conhecendo a noite espanhola.

Começamos a conhecer à noite pelo nosso bairro, fomos com a Vanessa em um bar típico dos Países Bascos, muito legal. Tem uns canapés diferentes e uma bebida chamada txocoli que tem um jeito especial de servir e parece um pouco com espumante, é muito boa. No outro dia fomos conhecer o Raval, antigo bairro chinês agora multiracial mais puxado pra marroquino, pessoas diferentes e muito irreverentes, entramos em um café muito charmoso na rambla do Raval e tomamos um vinho para esquentar.Mas a ansiedade maior era para conhecer a famosa champanheria, que na verdade parece mais o mercado central com pessoas bonitas comendo sanduiche de linguiça e bebendo cava em pé em uma tacinha, muito contraditório.Cada fim de semana é um programa diferente e bacana, já conhecemos alguns brasileiros, fomos até no aniversário de um deles. O melhor é que nunca vi o Henrique tão animado, quer frequentar tudo, até boate, estou adorando.....

Fazendo a vida funcionar.

Todo começo é um pouco difícil. Pois é, o nosso também foi. Tivemos que nos adaptar com o apartamento que hoje já estamos adorando, mas no começo eu bati a cabeça umas 10 vezes até ficar tontinho. Esse apê tem dois andares, o de cima é um terraço bacana que bate um solzinho maravilhoso, mas o piso de baixo tem o teto baixo, tipo casa de boneca. Gente grande aqui passa apertado, tipo apertado mesmo. Eu que sou pequeno bato a cabeça se não ficar esperto.
Nossa sorte foi que a Vanessa, nossa fada madrinha, nos passou esse apê com tudo dentro. Não tivemos que comprar nada, foi só chegar e morar, o que nos salvou uma grana boa também. O melhor é que o apartamento é no bairro mais charmoso de toda Barcelona, chamado Borne, com passeios peatronais, restaurantes maravilhosos, lojinhas lindas, boutiques caras de marcas famosas e a Catedral de Santa Maria Del Mar, gótica, gigante e linda.
Fora o lugar, a adaptação teve que ser com o frio e com os catalães também. O frio foi um choque térmico, saímos de quase 40 graus no Brasil pra pegar uns 8 aqui, tivemos que nos encher de roupas, toucas, cachecóis, etc. Agradeço a vovó Ção e a tia Ana, que pensaram na gente antes de virmos pra cá.
Agora, os Catalães são uma história a parte. Ô povo emburrado, viu! Só falam meio brigando, não sorriem por nada nesse mundo, falta educação e ainda se bobear te roubam nas lojinhas, falando que é um preço e passam outro na registradora. Tem que ficar de olho. A Táta já tá mestre em pega-los com a boca na botija.

CHEGAMOS!

Após anos de tentativas, sonhos e planejamentos chegamos ao nosso destino. Não foi fácil, nunca é, mas nunca desistimos. Agora é só aproveitar e sugar tudo que o velho mundo tem pra nos dar e proporcionar. Como toda viagem ao exterior chegamos muito cansados. Ao total, de porta a porta, são mais de 24 horas viajando, quebra qualquer um. A Táta já não estava aguentando quando chegamos e ainda tivemos que subir com mais de 80 quilos de mala por 5 andares de escada caracol que não passam duas pessoas ao mesmo tempo. Na verdade eu subi com tudo, mas mesmo eu, quase morri. Esse foi o primeiro contato com a Espanha, lugares limpos, um pouco frio, ruelas charmosas e uma escada que assusta qualquer mortal. No final deu tudo certo. Vanessa, nossa amiga e anfitriã na Europa nos recebeu muito bem e nos ajudou demais. Demos um primeiro passeio pelo bairro onde moramos, que por sinal é um charme, e caímos na cama.